Hoje sinto o teu quarto mais vazio. Mais oco. Falta o nosso amor, o amor cumplice de dois corpos unidos e encharcados em paixão. Falta o sabor a passado que me preenche os dias. Faltamos nós, num só sujeito.
As nossas roupas continuam espalhadas pelo corredor, até á porta do teu quarto. As inúmeras almofadas permanecem dispersas pelo chão e um lençól a envolver-te o corpo cansado de prazer faz-me cada vez mais desejar-te.
A música toca, dentro de mim, pela milésima vez. É sempre a mesma quando estou contigo; doce, calma, apaixonada, envolvente.
O sol teima em entrar pela janela que continuamos a fechar até ao fim, para que o escuro nos envolva, e os pobres raios de luz desenham a tua sombra. O corpo de homem e os jeitos de criança. As mãos enormes e o sorriso inocente.
São quase onze horas e os ponteiros cada vez andam mais depressa. Onze e dez, onze e vinte, onze e trinta e vou ter que te deixar, depois de mais uma noite. Olho pela enésima vez para ti, inundada de saudade e desejo. O sangue corre cada vez mais veloz nas minhas veias e as lágrimas insistem em cair cara abaixo, invadindo a tua mão que me toca o peito. Ficas tão bonito enquanto dormes, transmites-me a felicidade e força que preciso para te abandonar. Mas mesmo assim, sou incapaz de o fazer.
Passei a minha mão uma última vez pelo teu corpo e percorri-o com a minha boca. Espero que te lembres do nosso último beijo, ontem á noite, antes de adormecer.
Acabei de me vestir, amor. Deixei-te um abraço na secretária, junto aos cigarros e à paz que te falta.
Já fechei a porta e desci as escadas. Até sempre.
As nossas roupas continuam espalhadas pelo corredor, até á porta do teu quarto. As inúmeras almofadas permanecem dispersas pelo chão e um lençól a envolver-te o corpo cansado de prazer faz-me cada vez mais desejar-te.
A música toca, dentro de mim, pela milésima vez. É sempre a mesma quando estou contigo; doce, calma, apaixonada, envolvente.
O sol teima em entrar pela janela que continuamos a fechar até ao fim, para que o escuro nos envolva, e os pobres raios de luz desenham a tua sombra. O corpo de homem e os jeitos de criança. As mãos enormes e o sorriso inocente.
São quase onze horas e os ponteiros cada vez andam mais depressa. Onze e dez, onze e vinte, onze e trinta e vou ter que te deixar, depois de mais uma noite. Olho pela enésima vez para ti, inundada de saudade e desejo. O sangue corre cada vez mais veloz nas minhas veias e as lágrimas insistem em cair cara abaixo, invadindo a tua mão que me toca o peito. Ficas tão bonito enquanto dormes, transmites-me a felicidade e força que preciso para te abandonar. Mas mesmo assim, sou incapaz de o fazer.
Passei a minha mão uma última vez pelo teu corpo e percorri-o com a minha boca. Espero que te lembres do nosso último beijo, ontem á noite, antes de adormecer.
Acabei de me vestir, amor. Deixei-te um abraço na secretária, junto aos cigarros e à paz que te falta.
Já fechei a porta e desci as escadas. Até sempre.
2 comentários:
O mais giro é que tudo isso me soa bastante familiar Maria. Só que quando isso me aconteceu já não havia cigarros na secretária.
Tem juizo miuda, beijinhos!
Adoro este, está lindo! :)
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