Habituei-me desde muito cedo a encher as coisas. A abarrotar-me de sensações, perfumes, sabores, texturas. A atulhar a casa em porcarias que não servem para nada, só para me libertar do poder que o eco têm em mim – infernal e aterrador.
Hoje sinto-me vazia. É uma impressão de liberdade, um vazio eufórico, de limpeza. Sinto o corpo mais leve, desnudo, genuíno. Fazia-me falta libertar-me de restos e sombras.
Sinto-me bem, numa ressaca embriagada, serena e desgarrada; num quarto vazio de ti e com o meu cheiro a flutuar em todos os cantos. A música não me traz qualquer sentido ou marca futura, nem os quadros, nem a cama, nem os retratos amargos.
É tão bom – chama-se novo – 2010. Que perdure sempre assim.
Hoje sinto-me vazia. É uma impressão de liberdade, um vazio eufórico, de limpeza. Sinto o corpo mais leve, desnudo, genuíno. Fazia-me falta libertar-me de restos e sombras.
Sinto-me bem, numa ressaca embriagada, serena e desgarrada; num quarto vazio de ti e com o meu cheiro a flutuar em todos os cantos. A música não me traz qualquer sentido ou marca futura, nem os quadros, nem a cama, nem os retratos amargos.
É tão bom – chama-se novo – 2010. Que perdure sempre assim.
2 comentários:
é o teu melhor texto maria.
beijinhos
Adoro, sabes bem :D
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