Se eu sou precipitada, apressada, se não sei confiar no momento certo, se sou doida varrida e nunca soube as horas de relógio nenhum – seja ele qual for –, se me falta o tino e o juízo imprescindíveis para ser uma pessoa normal; és tu o culpado. Tu, que me roubaste mil e uma horas de vida e me calcaste as rugas da testa pelas gargalhadas gastas; que me violaste o corpo débil e me soubeste apontar cada defeito como uma calamidade catastrófica, julgando-te exemplar e irrepreensível.
Quando o nosso sonho cai no ridículo e só nos resta olhar à volta e rirmo-nos do que nos transformámos, somos lixo. Lixo do mais puro. Mais vale baixar os braços e limpar a pouca dignidade que nos resta, erguer o orgulho escasso e sorrir ao mundo – da forma mais irónica possível. Fingirmo-nos satisfeitos com a vida exuberante que tomámos, com os luxos cobiçados e o corpo consumido de traição e desejo. Lixo. Somente lixo.
Quando o nosso sonho cai no ridículo e só nos resta olhar à volta e rirmo-nos do que nos transformámos, somos lixo. Lixo do mais puro. Mais vale baixar os braços e limpar a pouca dignidade que nos resta, erguer o orgulho escasso e sorrir ao mundo – da forma mais irónica possível. Fingirmo-nos satisfeitos com a vida exuberante que tomámos, com os luxos cobiçados e o corpo consumido de traição e desejo. Lixo. Somente lixo.
2 comentários:
não és lixo, só o és se quiseres. ergues esse tal orgulho escasso e transformas o tal lixo na coisa mais forte do mundo!
sempre contigo @
Lixo????
Tu és LUXO...
Descobri o teu blogue!!! Agora irei vistoriá-lo de vez em quando... Hoje passei-o a pente fino e gostei... Textos interessantes, criativos, sentidos, bem redigidos e pontuados... Só não gostei de algum vocabulário... 9/01/2010
SMAB
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