domingo, 28 de fevereiro de 2010


Acabas de entrar para ocupar o velho lugar de sempre, gasto de tantas horas de batota. A esta hora estarias sozinho, não fossem dois ou três corpos perdidos – como tu – à expectativa do consolo de alguns goles desalmados e desesperados de álcool e os habituais bafos de cigarro.
É quando deixas tombar a cabeça sobre o meu colo que te apercebes do básico, do primário; rezas, deixas-te morrer e arruínas toda a audácia para me pedir seja o que for, pela cobardia enfadonha do teu feitio.
Não se pode lutar para resolver problemas que não existem, criados pela nossa imaginação maldita. Quando a solução está mesmo ao virar da esquina, num vai e volta infantil, precisamente à distância da coragem que se possa padecer, o mais que se pode pedir é que quem depende de nós nos dê um par de estalos. Como só um pai faria.

3 comentários:

Margarida disse...

Apaixonante e doentio.
Bejos, gorda.

responsável pelo Livro de Visitas disse...

Para que estrela estás a crescer, Inês, para que estrela matutina? Diz-me, diz-me ao ouvido, se é tempo ainda, eu e essa nuvem, essa nuvem alta, de irmos contigo.
Eugénio de Andrade

Do teu amigo Joaquim

LBJ disse...

Ora, verdade seja dita q a minha pessoa não compreende muito este tipo de coisas, mas da' para ver q ta' bem elaborado. Continua assim :)

(devias escrever um artigo sobre os Cavs ahah xD) **