Despida de qualquer leito.
Encosta-te ao peito
Que teus sonhos alberga.
Serei feita de sangue
Ou carne apodrecida!?
Alimenta-me a Vida
Que perdi entre o lance
De escadas partidas,
quebradas pelo teu peso de boi.
Que o meu medo dói
Entre vénias desvanecidas.
Sepultada entre lençóis,
No teu corpo quente,
Conforta-me o alento
De podres recordações.
Entregue aos bichos
De uma doença psicológica,
Corrói-me a lógica
Que o me físico alimenta de trilhos.
Perdoem-me a raiva
Que dia-a-dia vos desperta
Na minha alma coberta
De descomposta seiva.
Perdoem-me a tristeza
E o enorme desalento
Sobre o peso que contento
Entre a Morte que me devora, Obesa
Depois de tanto tempo sem escrever, a caneta conduziu-me à poesia, entre ruas de calçada velha, gasta e devorada pela pressa de chegar.
Cheguei. Não sei se ao melhor posto, mas a caneta continua com alguma cor...
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