quinta-feira, 28 de abril de 2011

O Richard era um homem fascinante. Tinha mãos de cardíaco e pés de barro, mas eu amava-o com a certeza de que seria o último homem da minha vida. Porque me fazia rir. Porque me desejava às horas mais absurdas do dia, entre parágrafos. Porque vivia em desespero constante e eu achava que podia salvá-lo. Porque usava camisas cor-de-laranja, roxas e encarnadas e calçava meias de cores diferentes. Porque foi hippie, teve aulas de ballet, foi actor, operário das obras, jornalista, alcoólico, desregrado. Porque me levou aos extremos e me obrigou a sair de dentro de mim mesma.

A Vida Sem Ti, Tânia Ganho

1 comentário:

Joaquim Neves disse...

muito vonito sim senhora! vê lá se me segues ó gayzona