segunda-feira, 3 de maio de 2010


Se calhar sou maluca. Tenho a mania dos esse’s e persigo-me a mim própria pelos becos da cidade, em busca de qualquer coisa que me traga o desassossego necessário para me deixar em paz – de uma vez por todas. Sou mesmo maluca. O suficiente para achar que uma mulher é muito mais bonita virada ao contrário. E que tal os homens mudos? Era perfeito. E eu sou maluca. Tenho uma panca por pianos e ainda me caso com um desses músicos malucos também, volta não volta temos filhos de teclas pretas e brancas. Sou maluca. Pela cor da tua pele – que é branca, deslavadamente branca, horrivelmente branca, impuramente branca, loucamente branca. E tu sujo. Preto. Mascarrado. Nojento. E eu sou maluca, já viste? Maluca, doida varrida. Maluca. Maluca. Maluca. (…).

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