Posso, no expoente da loucura, viajar pelo mundo; de mochila às costas e sem destino prévio, à sorte e ao abandono, à procura daquilo que nem eu sei se existe, mas me faz tanta falta. Mesmo que um dia vá e volte sem destino, regresse de malas vazias e cansaço aos ombros, o cheiro de quem nos dá tudo sem pedir nada em troca nunca se esquece. Nunca se esquecem as sopas quentes e os lençóis de seda, bordados a preceito, isso tudo – embora apenas em memórias – é eterno.
E meu querido, por muitas voltas e que o mundo dê e eu der com ele, a vida é um eterno regresso a casa, e não há nada como sentir o aconchego de volta…
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